O Eco Doppler colorido e o método de escolha “Padrão Ouro” para o estudo da anatomia e fisiologia das veias por causa de sua acurácia, reprodutibilidade e natureza não invasiva.*(1-2) Podendo ser repetido quantas vezes for necessário sem prejuízos ou riscos aos pacientes.
O mapeamento venoso no DUPLEX é utilizado na investigação da doença venosa, por ser sensível, específico e fornecedor de dados anatomofuncionais; facilitando na definição do melhor tratamento e técnica a ser utilizada devido às informações valiosas existentes.
A pesquisa de refluxo nas veias profundas e o estudo das veias superficiais devem ser realizados com o paciente em posição ortostática, com rotação lateral da extremidade e discreta flexão do joelho.
O transdutor linear é o indicado para avaliação dos diâmetros, refluxos e alterações anatômicas e deve ser utilizado nas posições longitudinal e transversal.
“O teste do refluxo em pacientes na posição supina deve ser evitado, devendo ser realizado somente na posição ortostática“. Labropoulos et al 2003*(3)
As limitações mais frequentes da ecografia vascular, no estudo das varizes dos membros inferiores, estão associadas a causas ortopédicas e à idade avançada, devido à dificuldade de permanência por longo período em posição ortostática.
Materiais utilizados para realizar o procedimento:
- Sonda de alta frequência de 5 a 8 MHz; linear ou microconvexa para explorar veias profundas e musculares dos membros inferiores.
- Sonda linear de frequência muito alta de 7,5 a 13 MHz para explorar as veias superficiais dos membros inferiores.
- Escada de flebologia para exploração das redes venosas profundas e superficiais na posição de pé.
- Mapa cartográfico com desenho esquemático dos membros inferiores.
- Canetas coloridas para melhor ilustração da patologia venosa.
- Já existem programas de computação que permitem o mapeamento, porém o mais utilizado ainda é o manual.
Assim, com essas informações, pode se utilizar o mapeamento para diversas situações:
- Indicação e programação do endolaser através da medição da distância da epigástrica da junção safenofemoral;
- Indicação e programação do tratamento cirúrgico convencional através da quantidade de tributárias que serão retiradas com flebectomia e ou safenectomia convencional inclusive suas perfurantes;
- Programação do tratamento escleroterápico com CLACS e ou espuma densa, de acordo com calibre e quantidade de tributárias varicosas;
- Indicação de drenagem das fleboescleroses após o tratamento com espuma densa;
- Acompanhamento de possíveis recanalizações da esclerose de tributárias em pacientes tratados com espuma e ou laser.
Assim, acredito que o mapeamento nesses moldes é tão importante ou mais que o registro fotográfico antes de qualquer procedimento de varizes nos membros inferiores, já que é um registro funcional e quantitativo das varizes, que muitas vezes não são visíveis por fotos ou dispositivos de realidade virtual.
REFERÊNCIAS:
- World J. SURG. 2002; 26(12): 1507-11
- J. VASC, SURG. 1998; 28(5): 767-76
- J. VASC. SURG. 2003; 38(4): 793 – 98
- Guia prático de ultrassonografia vascular. 2011
- Eco DOPPLER Vascular. 2018
- Avaliação do refluxo venoso superficial ao mapeamento dúplex em portadores de varizes primárias de membros inferiores: correlação com a gravidade clínica da classificação CEAP – J. Vasc Bras. 2009; 8(1): 14-20.
Fonte: SBACV-RJ